Tudo Passa? Por que forçar a cura pode ser uma cilada.
- Isadora Bettarello

- 23 de set.
- 1 min de leitura

Desde crianças, somos ensinados que “tudo passa”. Bem-intencionada, a frase acaba se tornando uma armadilha quando transformamos isso numa obrigação de curar rápido.
A verdade é que algumas experiências não passam. Algumas perdas deixam marcas permanentes. Algumas dores se instalam e passam a fazer parte de quem somos.
A tentativa de acelerar esse processo , seja por pressão externa ou autocobrança, é, muitas vezes, uma forma de não validar o que sentimos. Se machucou, dói. Se doeu, faz sentido que deixe marcas.
Quando permitimos que a dor exista sem julgá-la, damos a ela o espaço de que precisa para se transformar. Não se trata de perpetuar o sofrimento, mas de honrar a verdade do que vivemos.
Aceitar que algumas coisas não vão embora completamente nos liberta da culpa de ainda senti-las. E paradoxalmente, é essa aceitação que nos permite seguir em frente, não apagando o passado, mas integrando-o com respeito.



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